Filme: Robocop (1987)


Ok, ok..... zoar filmes antigos pode parecer covardia. Afinal de contas, era 1987, a computação gráfica era só um delírio imaginativo, e os monstros mais assustadores do cinema eram filmados em stop motion. Tá bom, prometo que vou pegar leve.

Bem, a idéia está lançada... esse post não tem a intenção de ser muito mau com a nossa memória do filme. Seria uma covardia com a turma que já não é tão jovem assim, mas foi fã de Thundercats, Smurfs,  e morria de medo do Freddy Krueger.

Sabe como é... tem coisas que ficam melhor guardadas num cantinho obscuro da nossa memória, eternamente como uma boa lembrança do passado. Vamos agora revirar essas lembranças e relembrar o que tinha de ridículo, e o que ainda sobrou de legal desse verdadeiro clássico que já está quase fazendo bodas de prata. E de quebra, no meio dos clichês, vamos nos divertir vendo como era a visão do futuro em 1987.

Ficha Criminal
Robocop (1987) estrelando:
* Murphy como O Escolhido
* Lewis como Sancho Pança
* Dick Jones como Detestável
* ED 209 como Clone Bombado
* Um monte de bandidos aleatórios como Sargento Pincel


Antes de começar a falar do filme em si, é no mínimo curioso ver como os padrões de beleza mudaram tão rápido. Er... tudo bem, nem tão rápido assim. Estou ficando velho, admito, mas é curioso mesmo assim.

"E aí, broto! É uma brasa, mora?"
Dêem uma boa olhada no casal de protagonistas. Dá pra imaginar essa dupla estrelando um filme de hoje em dia? Pois é, em 1987 assim eram os galãs do cinema.... Bem, vamos ao filme.

Pra quem não se lembra, ou não viu, Robocop se passa numa Detroit do "futuro" (que podemos chamar de futuro do pretérito), dominada pelo caos, assolada pela criminalidade, onde os políticos são corruptos e os empresários são facínoras manipuladores e sem escrúpulos.

Tá, eu compreendo tentação de aproveitar a piada pronta e dizer que eles acertaram na previsão, mas nada disso era novidade em 1987 também. Nessa Detroit do futuro, a polícia comum não dá conta do crime e uma megacorporação chamada OCP está no controle das forças policiais, e ao mesmo tempo tentando achar uma solução automatizada para esse problema.

E a primeira solução, proposta pelo empresário-malvado-que-tem-conexões-com-o-crime-organizado, é o ED 209, um protótipo totalmente robotizado que falha desastrosamente em sua apresentação.

Sério, esse cara costumava ser bem assustador
antes de o stop motion ficar ridículo.


"Poxa Murphy, adorei sua pistola!"
Enquanto isso, Murphy é um policial bonitão que acabou de chegar no pedaço, e sua nova parceira é Lewis, uma policial bonitona que é experiente no pedaço.

Lógico que surge logo uma certa química entre os dois, mas pra nossa alegria, os manuais de cinema não eram tão completos naquela época, então o filme não perde muito tempo desenvolvendo um romance platônico entre os dois.

Pouco depois das primeiras conversas e apresentações, os dois recebem uma chamada de emergência para perseguir uma quadrilha de assaltantes de bancos.

E aqui fica o prêmio "Idéia de Jerico" do filme. Tudo bem que você é um policial esforçado e dedicado ao seu trabalho, mas tem certeza que precisa mesmo entrar num galpão escuro segurando um revolvinho vagabundo, sabendo que lá dentro tem uma quadrilha de seis bandidos maníacos cheios de armamentos pesados. E ainda por cima, você resolve entrar separado da sua única parceira? Ok, a menos que você tenha planos de ser baleado e posteriormente se transformar num super policial ciborgue, essa é uma idéia digna do selo.



Bom, pelo menos Murphy tinha algo a seu favor. A gangue era composta por criminosos típicos dos filmes dos anos 80, todos um bando de abestalhados que ficam o tempo inteiro dando gargalhadas lunáticas dignas de um verdadeiro Sargento Pincel.

Mesmo assim, pelo bem da continuidade da história nosso herói acaba pego, e é alvejado em uma sessão tortuosa de tiros pelos malfeitores.

Se você assistiu o filme anos atrás, ficou impressionado com essa cena, e tem aquele medo que o passar dos anos tenha deixado a mesma ridícula, não tema - a cena da morte do Murphy continua chocante mesmo depois de tanto tempo, e os efeitos visuais definitivamente não ficaram toscos. Tudo bem que depois de tantos Jogos Mortais a cena já não é mais tão impressionante quanto antes, mas a culpa não é dos efeitos do filme.

Ok, o policial Murphy se ferrou e seu corpo foi doado à ciência, e agora ele vai servir para o projeto Robocop que tenta compensar o fracasso do ED 209. Nessa parte, podemos ver um pouco mais da visão de futuro dos autores do filme. Primeiro no "sistema operacional" do Robocop... não é divertido ver o ciborgue do futuro dar boot no command.com?


Em compensação, palmas para eles, por inventarem o GPS :)





O importante é que o policial do futuro está nas ruas combatendo o crime.... e hoje em dia, quando nós, adolescentes da época, viramos adultos, é de se ficar perguntando como é que esse projeto não foi considerado um fracasso ainda pior que o ED 209. Demitam os seus programadores, como policial, Robocop faz um péssimo trabalho!

Ou será que não deu pra perceber que durante a sua "carreira" o Robocop entorta metralhadoras, dá tiro no saco de estupradores, joga sequestradores pela janela.... mas não prende ninguém? Seria muito legal se ele fosse o Rorschach ou o Wolverine, mas para um policial que deveria ser programado para respeitar a lei, deveria ser considerado um fracasso total...




"Alguém falou em Wolverine?"


"Pode parecer uma cantada batida, mas....
te conheço de algum lugar?"
Beleza, depois de toda a apresentação da fodonice do Robocop, é hora do interstício que vai nos preparar para a parte final do filme.

Para garotona assumir de vez o papel de Sancho Pança, vemos uma sequência onde Lewis vai atrás do nosso amigão robótico para ter certeza que ele realmente era o que sobrou do seu ex-parceiro Murphy. Não que o elo sentimental entre eles seja particularmente interessante, ou as tentativas frustradas dele se lembrar do passado... mas a gente precisa de um tempinho pra respirar entre uma cena de ação e outra, não é verdade?

Se preferir, pode sair pra pegar uma pipoca enquanto nos preparamos pra entrar na parte final da história.

Finalmente, chegou a hora de conhecer melhor os vilões do filme. Você vai descobrir, a notícia completamente inesperada que Dick Jones, o vice-presidente da OCP, tem negócios escusos com o Sargento Pincel e sua gangue de trapalhões.

"Pra matar o Robocop, você vai precisar de
armamento pesado. Leve o Tião Macalé."

Nas cenas seguintes o nosso amigão vai parar no fundo do poço - além de tomar uma coça num duelo com o seu Clone Bombado ED 209, o policial do futuro ainda tem que fugir da polícia que tem uma ordem da OCP para destruí-lo.
"Ninguém tem paciência comigo! Pipipipipi"


Por sorte, ele é resgatado por uma ação heróica da Lewis, que o leva para um cantinho onde eles podem aprimorar ainda mais a relação.

"Não fica assim, Murphy. Eu tenho um tio
que é lanterneiro...."


"Diga não à poluição!"
Bem... hora da sequência final, o embate épico do Robocop versus a Turma do Didi.

Com certeza quem assistiu o filme se lembra até hoje da outra cena marcante do filme, o tiozão que toma um banho de lixo químico e vira uma gororoba ambulante. Outra cena bem marcante para a época, e que ainda hoje, apesar de ter perdido o impacto da época, não decepciona.

Como é tradicional numa sequência de herói versus bando de bandidos, Robocop vai eliminando um por um até só sobrar o líder, com quem trava um acirrado duelo final..




E, pra fechar com chave de ouro, nenhum clichê é mais gostoso que a cena do vilão principal super malvado sendo jogado do alto do edifício....

12 comentários:

  1. ahuahuahau gente! eu assisti esse criança (uma vez que agora que eu sou adolescente.)
    Bem confortante saber que as cenas que mais me impressionaram continuam impressionando.
    Você n tem idéia de como foi decepcionante assistir novamente os 3 filmes que mais atemorizaram e marcaram minha infância :
    O mundo proibido, uma cilada para roger rabbit e convenção das bruxas...
    História sem fim, eu fikei chocada.
    Enfim! adoro isso aqui e toda vez que atualizar ói eu aqui de novo.
    Beijoooo

    ResponderExcluir
  2. Olha cara, vc disse tudo, zoar filmes assim é covardia, não acho isso o máximo, pois a tecnologia e os clichês naquela época não eram tão evoluídos como os de hoje.

    Eu acharia mais interessante se você zoasse esses filmes ridículos de hoje em dia, que contam com milhões de dólares, uma tecnologia fenomenal, e não conseguem ir além das velhas receitas prontas. (vide Avatar)

    Mas, a intenção foi boa, o seu blog esta e parabéns.

    Eu gostaria de ver uma postagem sobre os clichês das tecnologia e dos computadores nos filmes (filmes de hoje neh, heheehheehhehhee)

    Abraço

    ResponderExcluir
  3. ahuhuhaua é sempre bom relembrar xD

    ResponderExcluir
  4. Até hj eu tenho medo de assistir "A casa das almas perdidas" por causa disso... é o único filme de terror q me deu medo (eu nem tinha entrado na adolescência ainda)mas eu evito ver de novo pra não me decepcionar..melhor deixar na memória. Já pensou eu morrer de rir das cenas e nunca mais poder falar "ahhh..filme de terror bom mesmo foi o ..."
    Sobre esse "futuro do pretérito" ... eu racho de rir quando vejo um filme mais antigo, quando surge alguém do nada e fala "Eu vim do futuro, vim do ano de 1992"

    ResponderExcluir
  5. Acabou?

    CONTINUA AÊ VÉI!

    ResponderExcluir
  6. Continua aê, cara
    É super divertido seu blog

    ResponderExcluir
  7. Nostalgia pura.Apesar de gostar do robocop,eu sempre achei o filme de uma violência absurda,sem noção mesmo,parecida que o mundo estava prestes a acabar,na verdade era um enorme tapa buraco no roteiro.O personagem era muito phoda e dava muito bem pra dar uma aprimorada na estória,coisa que não acontenceu na continuação.

    Ah,sim...

    Joguei muito o fliperama do Robocop na época que era simplesmente demais,totalmente fiel ao filme e com gráficos muito bons até pros dias de hoje.

    ResponderExcluir
  8. que lixo de blog...uma merda

    ResponderExcluir
  9. comente sobre o filme the thing de 1982..

    ResponderExcluir